É como se a gente não soubesse mais nada da vida, nada um do outro, nada do que foi e nada do que será. É como se tivéssemos cortado a linha que nos une e nos separa e,que se pudéssemos, manteríamos atada entre nossos pulsos,para termos a certeza de que teríamos um ao outro a cada instante. Teríamos a certeza de uma das mais raras certezas da vida, a certeza que poderia ter existido e que quando existiu acabou, e deixou um vazio enorme, cheio de nada.
Sou uma bolha de sabão, voando com o vento, subindo cada vez mais alto, prestes a estourar. Antes eu não conseguia respirar, agora já não consigo mais andar, quanto menos escrever ou falar.
Tudo voa pra longe e tudo o que eu faço nessa minha razão desumanamente forçada, é contemplar. Só depois é que vem o choro, pra me esvaziar mais ainda e me desidratar de vida.

Comentários

Anônimo disse…
até o que é recente a gente jura que faz tempo. e quando tá acontecendo não parece ter a menor importância.

triste equívoco nosso de dar valor só ao que não é, não foi e nunca vai ser.

se sabe que as vezes eu penso que estourar não deve ser tão ruim? talvez isso faça a gente parar de ser o que não quer e fazer o que não quer. é meio insanidade desejada. não sei.

beijo lica

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