Procura-se um louco


Daí a gente acha que tudo é lindo, que tudo são flores e amores. Daí o quê? De onde veio esse “daí”? Esse daí supostamente remete algo dito anteriormente, dando uma seqüência lógica à frase. Mas e se eu não escrever nada antes do “daí”? E daí???

E daí você fica se questionando à que raios me refiro, o que raios quero dizer com a bendita primeira frase desse texto. O que quero dizer, para seu alívio e descarga de tensão, é que nem tudo são flores.

Ajudei? Consegui deixar um pouco mais nítido esse texto que você tem diante dos olhos? Ou apenas consegui tornar sua visão mais míope ? Veja bem, o problema é com a sua visão, não com o meu texto.

Como aqui só posso perguntar e não posso ouvir respostas, tenho que tirar minhas próprias conclusões. Neste caso, prossigo o texto partindo do pressuposto de que vocês, caros leitores, estão completamente interessados neste, pela sua total falta de caminho, pela sua total falta de lógica e assunto.

Raios! Treze linhas escritas e nada se falou. Corrijo-me: Nada falei.
Porque escrevo um texto se sei que ninguém vai lê-lo e criticá-lo?
Olha só, fiquei feliz agora! Há pouco disse que à mim cabia somente perguntas e não respostas, porém neste momento, como dona de minha pergunta também posso ser dona da resposta. Poder, no entanto não significa que eu queira, deva ou saiba respondê-la. Apenas posso.

Posso assim como posso escrever incessantemente sem saber pra quem ou para que. Ou por que.
Blá blá blá blá blá...

Até quanto será que você agüenta ler um texto que não leva à lugar algum, que não diz respeito à assunto algum e apenas remete-o à indagação da loucura que paira sobre minha mente? Loucura não. “Porque louco é quem me diz, e que não é feliz!” Minto, não é por isso que digo que “loucura não”. Digo isso com base em informações que li à respeito da loucura.

Que loucura não? Finalmente consegui achar um assunto para falar.
Loucura não. Quem é louco não se acha louco e tampouco assume dizer loucuras, portanto, minha fala só prova minha total sanidade.

Às vezes eu preferia ser louca, ver em tudo flores e amores, nada de horrores. Uma louca feliz. Uma louca ingênua e romântica. Uma louca liberta da razão. Solta e entregue às emoções puras e verdadeiras (pelo menos dentro da minha loucura).

Ta na moda ser louco. Moda velha essa hein? Velhos tempos que as pessoas cantavam “ eu vou ficar com certeza, Maluco Beleza!”, ou cantam, no meu caso. Tá na moda ser muito louco, mas “ficar muito louco” é muito mais legal. Muito mais louco. Tudo é muito louco. Ficar triloucouco então, nem se fala!

Céus! Onde foram parar os loucos? Acho que eles não ficam mais enfurnados em sanatórios e hospícios por aí, ou será que estou equivocada? Ficam eles trancafiados e exclusos dos seres humanos normais?
Será que ando muito distraída sem notar os loucos que passam por mim? Ou será que ando louca, muito louca , trilouca?

Socorro! Alguém nesse mundo esclareça o que é essa tal de loucura, porque pra mim ela está mais banal e acessível do que um copo de pinga num bar às 9 da manhã, ou em dia de eleição.

O pior de tudo é que muita gente, depois de ler este texto, vai dizer “essa menina é louca”.
Melhor assim, pelo menos recebo críticas. Mesmo sem ninguém ler meu texto até o fim.
Isso sim é loucura.

Comentários

Anônimo disse…
cara, q viagem... serah q fico com medo d vc? haha.

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