Cálice

- Vale à pena?
- Vale sim.
- Tenho medo... e se não der certo?
- A gente tenta de novo, ué.
- E é seguro?
- É sim mulé, pode confiar.
- E quem me garante?
- A minha palavra, oras.
- Mas palavra não prova nada.
- A minha prova.
- Posso confiar então?
- Sem sombra de dúvida.

(Silêncio)
O Garçom se aproximou da mesa com uma garrafa na mão. Serviu todos os convidados, cada vez menos saceados.
Deu a volta no salão. Entrou na copa, folgou a gravata e sentou no chão.
Na sala os convidados fecharam os olhos, aproximaram-se uns dos outros.
No sofá, tomaram uma taça de vinho e acordaram em Bagdá.

Comentários

Anônimo disse…
Ainda que seja triste, ainda que seja um desabafo, adoro a acidez de uma mente inquieta...
Aliás.... adoro a inquietude!! Acredito que isso faz com que as pessoas façam a diferença, ou melhor, sejam a diferença.
Espero que vc encontre suas respostas, mas espero também que vc continue a procurar mais perguntas...
Acho que esse é o dom do grande artista... saber não ficar acomodado...
Parabéns pelo blog!

Livia Lie @agESPM
Anônimo disse…
afasta de mim este

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